A economia circular é um conceito baseado na inteligência da natureza e se opõe ao processo produtivo da economia linear, em que os resíduos são insumo para a produção de novos produtos. 

É a ciência que repensa as práticas econômicas a longo prazo, indo além daqueles famosos cinco erres: repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar. No meio ambiente, restos de frutas consumidas por animais se decompõem e viram adubo para plantas. Porém, cada vez mais o impacto do ser humano no ambiente dificulta o equilíbrio do ecossistema como um todo. Estudiosos apontam que a economia circular pode ser uma solução para minimizar esse impacto humano no ecossistema. O consumo consciente e a economia circular andam lado a lado.

Esse conceito também é chamado de cradle to cradle (do berço ao berço) e é baseado na ideia de que não existe resíduo. Tudo serve continuamente de nutriente para um novo ciclo. Transportando essa concepção para a indústria de produtos, a cadeia produtiva seria repensada para que, por exemplo, peças de eletrodomésticos usadas pudessem ser reprocessadas e reintegradas à cadeia de produção como componentes ou materiais para a fabricação de outros produtos eletrônicos. Nesse caso, além de ter seu negócio alinhado às leis ambientais sobre logística reversa e evitar multas de órgãos reguladores, sua empresa estaria reduzindo os custos de fabricação e importação desses produtos.

Atualmente, nosso sistema produtivo ainda funciona de forma linear, o que não é sustentável, uma vez que favorece a exploração predatória de recursos naturais e ocasiona grande acúmulo de resíduos. Nesse modelo, exploramos a matéria-prima, produzimos bens e depois os descartamos. É a chamada obsolescência programada, estratégia que consiste em produzir itens já estabelecendo o término da sua vida útil, o que gera resíduos que não recebem novos usos e se acumulam exponencialmente.